Todos os santos
"Vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé diante do Trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão" (Ap 7,9). A visão narrada por são João Evangelista, no Apocalipse, fala dos santos aos quais é dedicado o dia de hoje.
Na festa de “todos os santos” a Igreja não pretende lembrar somente dos santos conhecidos e oficialmente canonizados, mas de todos aqueles que estão nos Céus, de todos aqueles que só Deus conhece a santidade (as almas do Purgatório ainda não participam desta glória). A Igreja nesse dia comemora todos os homens e mulheres que já alcançaram a glória eterna e por isso mesmo intercedem por nós a todo o momento.
De fato, todos os homens e mulheres que durante a vida serviram a Deus e foram obedientes ao ensinamento de Jesus Cristo são santos diante de Deus, ainda que seus nomes não sejam oficialmente coletados em listas canônicas. Lembremo-nos de que entre eles estão crianças, jovens, adultos, anciãos; religiosos e leigos; reis e mendigos; doutos e ignorantes; ricos e pobres… ou seja, não há qualquer situação humana que impeça a santidade, por isso é possível – e mais que desejável! – que nos esforcemos para alcançar a santificação que Deus nos propõe.
A celebração começou no século III na Igreja do Oriente e ocorria no dia 13 de maio. A festa de Todos os Santos ocorreu pela primeira vez em Roma, no dia 13 de maio de 609 quando o Papa Bonifácio IV transformou o templo de Partenon, dedicado a todos os deuses pagãos do Olimpo, em uma igreja em honra à Virgem Maria e a todos os Santos.
Oficialmente a mudança do dia da festa de Todos os Santos, de 13 de maio para o dia primeiro de novembro, só foi decretada em 1475, pelo do Papa Xisto IV. Mas o importante é que a solenidade de todos os Santos enche de sentido a homenagem de todos os finados, que ocorre no dia seguinte.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.
Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho
Reflexão:
Nós também podemos ser santos. Quando trabalhamos com ânimo no dia a dia. Quando suportamos com espírito forte as dores e os problemas de nossa vida, entregando tudo às mãos da Providência divina. Quando rezamos com amor e devoção de forma regular e cotidiana. É necessário que peçamos a Deus o dom da santidade! Finalmente, devemos ter aquele grande amor pelas coisas de Deus, por Cristo, por Maria e pelos homens.
Oração:
Deus de amor e de bondade, dai-nos a alegria de celebrar, numa única festa, os méritos e a glória de todos os Santos. Favorecei vosso povo com a intercessão dos Vossos santos e santas e guia-nos sempre nos caminhos da paz. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.