Os anjos da guarda são seres espirituais que Deus criou para proteger e guiar cada pessoa, especialmente depois do batismo. A Igreja Católica afirma que “desde o início até a morte, a vida humana é cercada pela sua proteção e intercessão. ‘Cada fiel tem ao seu lado um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida [zoé]’. Já aqui na terra, a vida cristã participa na fé da sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus” (Catecismo da Igreja Católica, n. 336), citando São Basílio Magno e o Concílio Vaticano II.
A existência e a missão dos anjos da guarda são reveladas pelas Sagradas Escrituras, que narram como eles intervieram na vida de muitos personagens bíblicos, como Abraão, Jacó, Moisés, Josué, Tobias, Daniel e os apóstolos. Nosso Senhor Jesus Cristo também se referiu aos anjos da guarda, dizendo que “não desprezeis nenhum destes pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos no céu veem continuamente a face do meu Pai que está nos céus” (Mt 18,10).
Os anjos da guarda não nos protegem apenas de perigos físicos, mas também nos inspiram, iluminam e combatem os demônios que tentam nos afastar de Deus. Eles querem e lutam pela nossa salvação eterna, respeitando o nosso livre-arbítrio. Eles são nossos amigos fiéis e zelosos, que nos acompanham em todos os momentos da nossa vida.
A Igreja recomenda que cultivemos uma devoção aos nossos anjos da guarda, rezando a eles, agradecendo-os e pedindo-lhes ajuda. Uma das orações mais conhecidas é a seguinte:
“Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarde, me governe e me ilumine. Amém.”
Além disso, podemos invocar os nossos anjos da guarda nas diversas situações do nosso dia a dia, como ao acordar, ao sair de casa, ao enfrentar dificuldades ou tentações, ao estudar ou trabalhar, ao adormecer etc.
Os anjos da guarda são testemunhas do amor de Deus por nós e do seu cuidado providente. Eles nos ajudam a crescer na fé, na esperança e na caridade. Eles nos conduzem à vida eterna junto de Deus.