É muito comum termos contato com pessoas que não acreditam que o Sacerdote tenha autoridade para perdoar os nossos pecados, condenando o Sacramento da Confissão como uma invenção da Igreja Católica.
Normalmente ouvimos essa afirmação de nossos irmãos protestantes, logo que são contrários a praticamente tudo o que a Santa Igreja Católica ensina, portanto é normal ouvirmos destes contradições contra a Santa Doutrina. Entretanto é extremamente triste e decepcionante escutar isso de alguém que se autodenomina católico, que praticamente nasce em um ambiente católico, mas que comete esses erros graves contra a nossa Fé.
O argumento mais utilizado pelos descrentes para afirmar com convicção que o Sacramento da Confissão é algo que a Igreja Católica inventou, é o famoso “Se o Padre é mais pecador que eu, como poderá perdoar meus pecados?” ou também tem aqueles que dizem “Me confesso diretamente a Deus, não preciso que outro homem me absolva!”.
Porém estes argumentos não são válidos, logo que no momento da Confissão, já não é mais o Padre quem está ouvindo os nossos pecados e sim o próprio Cristo. E isso não é uma invenção da Igreja, este Sacramento foi instituído por Jesus como podemos ver na Palavra de Deus e na Santa Tradição.
“Assim como o pai me enviou, também eu vos envio a vós. Tendo dito essas palavras, soprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àquele a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo 20,21-23).
Para tirar qualquer dúvida, deixo aqui o que nos diz o Catecismo da Igreja, nos parágrafos 1441 e 1442:
Só Deus perdoa os pecados (34). Jesus, porque é Filho de Deus, diz de Si próprio: «O Filho do Homem tem na terra o poder de perdoar os pecados» (Mc 2, 10) e exerce este poder divino: «Os teus pecados são-te perdoados!» (Mc 2, 5) (35). Mais ainda: em virtude da sua autoridade divina, concede este poder aos homens para que o exerçam em seu nome.
Cristo quis que a sua Igreja fosse, toda ela, na sua oração, na sua vida e na sua atividade, sinal e instrumento do perdão e da reconciliação que Ele nos adquiriu pelo preço do seu sangue. Entretanto, confiou o exercício do poder de absolvição ao ministério apostólico. É este que está encarregado do «ministério da reconciliação» (2 Cor 5, 18). O apóstolo é enviado «em nome de Cristo» e «é o próprio Deus» que, através dele, exorta e suplica: «Deixai-vos reconciliar com Deus» (2 Cor 5, 20).
Dessa forma, nós católicos devemos seguir o que está escrito no Catecismo, logo que ele é um resumo da Doutrina Católica, aqueles que são contrários ao que ali está escrito, não pertencem a nossa Religião ou cometem uma heresia.