A festa de Pentecoste, 50 dias após a Páscoa, comemora o envio do Espírito Santo sobre os apóstolos, transformando-os definitivamente.
O próprio nome “Pentecoste” vem da palavra grega pentekosté (“quinquagésimo dia”), em referência aos 50 dias depois da Páscoa.
Os apóstolos eram simples homens do povo, em sua maioria pescadores, que tinham se tornado discípulos de Jesus. Apesar de terem recebido Seu ensinamento e testemunhado Seus milagres, ainda eram tímidos e com medo. Mesmo depois da Ressurreição, os apóstolos não sabiam ao certo qual seria sua missão.
A vinda do Espírito Santo, o “Consolador” que Jesus havia prometido, marcou uma transformação definitiva na vida dos apóstolos. Eles passaram a agir e falar com uma coragem e ousadia que antes não tinham.
O santo papa Leão I descreve:
O fervor da caridade, a coragem na fé e a sagacidade para compreender as Escrituras foi conferido aos apóstolos.
São Jerônimo diz que:
Pentecoste transformou pescadores incultos em pregadores esclarecidos do Evangelho.
Com a descida do Espírito sobre Maria e os apóstolos, surgiram “línguas de fogo” que pousaram sobre eles. O fogo simboliza a transformação interior que operou: o fogo do amor divino e do zelo pelas almas acendeu-se em seus corações, que antes eram “frios”.
Com o impulso do Espírito, os apóstolos começaram finalmente a cumprir a missão de proclamar o Evangelho de Cristo para todo o mundo. A partir de Jerusalém, eles saíram pregando “nas línguas dos homens”, conforme haviam recebido o dom das línguas. Pela força do Espírito Santo, converteram milhares de pessoas, fundaram Igrejas e derramaram seu próprio sangue como mártires.
A festa de Pentecoste nos ensina que só pela ação do Espírito Santo pode o homem ser transformado e capacitado para a missão de evangelizar. Como os apóstolos, precisamos nos deixar moldar e iluminar por Ele, para agir com sua força e zelo.